Pesquisa aponta impactos do software livre
15:12 por Daniel Nunes
O projeto de investigação global sobre o impacto do software livre e aberto – FLOSSWORLD (Free Libre Open Source Software) foi finalizado, contribuindo
para estabelecer uma comunidade de pesquisa mais forte, já que o projeto promove a colaboração entre a União Européia e outros países. Ao longo dos anos de 2005 a 2007 foram feitas análises das políticas relacionadas com o software livre nos seguintes países: Argentina, Brasil, Bulgária, China, Croácia, Índia, Malásia e África do Sul.
Três segmentos distintos foram avaliados: o estudo da capacidade humana no desenvolvimento das comunidades de software livre; o estudo das diferenças inter-regionais nos projetos de software; e o estudo do uso governamental de soluções de código aberto, observando-se padrões e interoperabilidade. O estudo apontou que os membros das comunidade de FLOSS atendem aos anseios de um número crescente de empregadores. Assim, há transferência do conhecimento dentro da comunidade de FLOSS, permitindo que os membros aproveitem as oportunidades do mercado de trabalho.
O relatório final apontou que há um grau elevado de homogeneidade dentro das comunidades de FLOSS, não somente a respeito dos aspectos demográficos, mas também dos aspectos das atividades, preferências e métodos de aprendizagem, entre outros. Segundo o estudo, há um número de comunidades locais e regionais de FLOSS que não são ligadas à comunidade global e que estão focadas em projetos significativos para essas esferas geográficas. Essas comunidades locais, de acordo com o relatório, são importantes para atrair novos membros para o FLOSS porque mostram que os princípios do trabalho e da aprendizagem são compatíveis para o desenvolvimento regional.
Outro ponto apontado é que a Europa e os outros países têm em comum um grande potencial para que o FLOSS cresça dentro das organizações governamentais. Foi constatado um impacto positivo para as políticas de e-Gov – Governo eletrônico, tais como acesso independente da plataforma de serviços e e troca de dados. A conclusão final destacou que foi bem sucedida a colaboração internacional com os países-alvo e os investigadores da União Européia para a construção de uma comunidade ampliada de pesquisa.
O projeto foi liderado pelo Instituto de Investigação Econômica sobre a Inovação e Tecnologia de Maastricht (MERIT), da Universidade de Maastricht na Holanda e conta com institutos de investigação europeus e dos países estudados. As instituições brasileiras cobriram duas áreas distintas. Coube ao Instituto Nacional de Tecnologia da Informação o segmento governo. E o Centro de Computação - CCUEC - da Unicamp cuidou do segmento sociedade, que incluiu empresas, desenvolvedores e universidades.

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